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PROJETO DA UFSM DESENVOLVE SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE ALTO DESEMPENHO PARA CIDADES INTELIGENTES

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A UFSM, em parceria com a Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e a empresa Zagonel Iluminação S.A., deu início ao projeto “Sistemas de iluminação de alto desempenho para cidades inteligentes”, que integra a rede de projetos financiados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O trabalho é coordenado pelo professor Marco Antônio Dalla Costa, que é também coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFSM. A duração do projeto será de três anos, com prazo de execução entre 22 de agosto de 2025 e 22 de agosto de 2028. O valor total investido é de R$ 4.324.803,33.


O projeto busca desenvolver luminárias LED com tecnologia de diodos emissores de luz, voltadas para atender demandas de cidades inteligentes. “Essas luminárias podem ser controladas a partir de uma central, permitindo agregar inteligência ao sistema, principalmente para melhorar a manutenção e economizar energia, utilizando a luz apenas quando for necessário”, explica Dalla Costa.


A iniciativa conta com a participação ativa da empresa parceira. “Nós temos uma colaboração de mais de 10 anos com a Zagonel. Muitos engenheiros da empresa são egressos da UFSM, e outros fizeram pós-graduação no nosso grupo. A Zagonel investe bastante em tecnologia e confia no trabalho da universidade há bastante tempo. Assim, a parceria se consolidou porque a empresa tem a necessidade técnica do produto e nós temos a capacidade de desenvolver o que eles precisam”, afirma o coordenador.


Cada instituição exerce um papel específico dentro do projeto. A Zagonel é responsável pela definição dos requisitos técnicos e pelo investimento financeiro, enquanto que a UFSM contribui com professores, alunos de graduação e pós-graduação, totalizando mais de 20 participantes. Já a FDMS atua na gestão financeira, administrando os recursos e pagamentos.

O projeto também prevê bolsas de estudo para estudantes. Atualmente, três professores, quatro técnico-administrativos, quatro alunos de pós-graduação e 12 alunos de graduação possuem bolsas no projeto. Segundo Dalla Costa, além do aspecto financeiro, uma das principais vantagens do projeto é aproximar o desenvolvimento acadêmico das necessidades da indústria. “Os alunos vivenciam um ambiente real de desenvolvimento industrial, com prazos e resultados concretos, o que acelera a formação e dá experiência prática”.


A pesquisa também gera benefícios à sociedade, especialmente na área da eficiência energética. “Cerca de 15% da energia elétrica consumida no Brasil é utilizada em sistemas de iluminação. Com produtos mais eficientes, conseguimos reduzir esse consumo, gerando economia financeira e ambiental. Isso impacta principalmente na iluminação pública, que representa grandes volumes de equipamentos”, ressalta o coordenador. Ele explica ainda que as luminárias inteligentes terão a capacidade de ajustar a potência de acordo com o local, horário ou fluxo de pessoas, ampliando a economia de energia.


Atualmente, o projeto encontra-se em fase inicial, com apenas poucas semanas de execução após a assinatura do contrato. A expectativa é que, ao final, seja entregue um produto em estágio avançado de desenvolvimento, embora não completamente pronto para comercialização. “Os projetos da Embrapii não chegam ao estágio final de industrialização. Nós desenvolvemos até um ambiente relevante e entregamos o produto para a empresa, que faz o processo de industrialização com lotes-piloto e testes em ambiente real”, explica Dalla Costa. O projeto deve atingir o nível de TRL 6, de acordo com a escala de maturidade tecnológica.


O que é TRL?

TRL significa Technology Readiness Level, ou Nível de Maturidade Tecnológica, em português. É uma escala criada pela Nasa (agência espacial norte-americana) e amplamente usada por agências de pesquisa, universidades e empresas para medir o estágio de desenvolvimento de uma tecnologia, produto ou inovação.

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