Monitoramento remoto capaz de fazer o controle dos parques de iluminação em tempo real permite detectar e resolver falhas de forma muito mais ágil e eficaz
Investimento em sustentabilidade, economia, segurança e a construção de uma cidade inteligente foram os principais conceitos que nortearam o processo de modernização realizado em Palhoça. Tanto que hoje o município ostenta o título de primeira cidade do Brasil com iluminação pública 100% em LED e telegestão.
Sob o comando da Concessionária Qluz, criado pela Quantum Engenharia e responsável pela execução dos serviços no município desde maio de 2020, via Parceria Público Privada (PPP) com a Prefeitura, o projeto tem apresentado uma economia média mensal de 63% aos cofres públicos. Além de oferecer ruas e praças mais seguras, contribuir com o meio ambiente e ser um dos principais requisitos para a cidade se transformar em uma smart city.
Seus mais de 27 mil pontos de iluminação contam com o monitoramento remoto do parque em tempo real. Tecnologia que permite detectar e resolver falhas de forma mais ágil e eficaz, além de gerar ao município economia com eficiência energética, redução de estoques e custos de manutenção com equipes e serviços.
“Mais do que a economia gerada para o município, o investimento em modernização também fomenta o desenvolvimento do comércio e do turismo local. Com uma iluminação de qualidade, em que as pessoas se sintam mais seguras ao andar pelas vias, a vida noturna da cidade muda. A nossa experiência nos mostra ainda que este tipo de investimento impacta, por exemplo, na sensação de bem-estar das pessoas” explica Gilberto Vieira, presidente da Quantum Engenharia.
Como funciona em Palhoça
O Centro de Controle Operacional em Palhoça possui um telão de 19,25m², composto por seis monitores de 55 polegadas cada. E para garantir o funcionamento adequado, três colaboradores atuam de maneira direta, sendo que mais 12 profissionais estão envolvidos no processo da telegestão de maneira indireta. Outro ponto importante e que garante qualidade e agilidade na resolução dos problemas é a colaboração da população, que tem à disposição canais para comunicar situações que necessitem de correção.
“No CCO é o local onde gerenciamos todos os alertas de telegestão, além dos chamados realizados pelos nossos outros canais de serviços, como o aplicativo e também o 0800. Hoje o sistema é totalmente automatizado. O munícipe liga para apontar uma falha, algo que pela telegestão não conseguimos captar. O chamado vai diretamente para a equipe de campo, não havendo a necessidade de intervenção dos operadores do CCO. Mas eles monitoram esses protocolos e dão o suporte necessário para as equipes executarem a manutenção. É a função principal deles garantir o bom funcionamento do parque”, destaca o gerente da Qluz, Luan Vieira.
Além disso, o trabalho de manutenção também é acionado pelo próprio sistema, que encaminha a equipe diretamente ao local exato da falha. Com isso, diminui a necessidade das rondas, ou vistorias periódicas realizadas pelas equipes de manutenção, o que gera uma economia de verba, com a redução de pessoal nas ruas, assim como de tempo, que implica diretamente em maior conforto e segurança para a população na resolução do problema. A telegestão ainda gera relatório de consumo de energia e manutenções, peça fundamental para desenvolvimento de projetos de eficiência energética.
Quem identificar problemas como lâmpadas apagadas à noite ou acesas de dia em via pública de Palhoça pode abrir um chamado pelo aplicativo Cidade Mais Iluminada ou avisar as equipes da QLuz via ligação gratuita para o telefone 0800-606-1535.
Coração das cidades inteligentes
Depois de um grande esforço e comprometimento com o desenvolvimento, agora o olhar de todos está voltado para lidar com o que virá no futuro. A telegestão na iluminação pública é um dos principais passos para colocar um município no patamar de cidade inteligente. E isso porque o sistema de rede em malha de cada poste permitirá no futuro conectar todo o espaço urbano e assim levar soluções de IoT a outros serviços públicos.
Entre as principais aplicações que poderão ser implementadas na cidade estão as relacionadas às soluções de trânsito e mobilidade urbana, como sincronização de semáforos conforme fluxo de carros, indicação de vagas de estacionamento, captura de imagens do movimento de tráfego, além de eventuais acidentes. Mas também já há projetos experimentais com sensoriamento de qualidade do ar, clima, poluição sonora e alertas por mensagens de celular sobre catástrofes e enchentes.
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